segunda-feira, 14 de junho de 2010

Artigo

A contabilidade de custos na gestão empresarial

Flávia Lopes Miranda
Estudante do Curso de Ciências Contábeis, UNA
Aluna do Professor Alexandre Bossi

No universo globalizado atual em que o mercado encontra-se cada vez mais competitivo, as empresas precisam se adaptar de forma rápida às mudanças econômicas, principalmente no que se refere à concorrência externa e na gestão interna.
Para garantir sua sobrevivência e crescimento sustentado, as organizações necessitam de uma gestão de excelência empresarial, buscando melhores desempenhos e proporcionando sua manutenção no mercado.
A contabilidade atua de forma direta nessa gestão empresarial, com isso as empresas estão vendo a necessidade de aperfeiçoar cada vez mais a sua contabilidade interna, já que é através dela que se obtêm as informações relevantes para o controle organizacional, administrativo e essencialmente para o processo decisório.
A partir dessas informações, podemos colocar em prática a contabilidade gerencial, que tem por objetivo se conectar às diversas funções organizacionais como: controle administrativo, estratégico e operacional; custeio dos produtos e clientes. Se a empresa obtém essas informações de forma clara e precisa, tem condições de analisar sua participação no mercado, bem como melhorias nos custos de produtos e/ou serviços e preços de venda.
A contabilidade gerencial possui vários enfoques particulares, dentro deles a contabilidade de custos.
A contabilidade de custos é um sistema de caráter interno que identifica, mensura e informa os custos dos produtos e serviços, tornando-se uma ferramenta importante para a continuidade da empresa, já que fornece informações que auxiliam no processo de formulação de estratégias e tomada de decisões. É importante ressaltar que o controle científico e gerencial dos custos da empresa é necessário, mas não possui nenhuma obrigatoriedade e/ou exigência fiscal.
É imprescindível que a empresa aplique a contabilidade de custos e consequemente tenha um sistema de custeio eficaz que apure os custos e forneça as informações necessárias para o gestor, possibilitando a ele conhecer e analisar a evolução dos custos da empresa perante o mercado e seus concorrentes. É através da qualidade de seus produtos e principalmente da busca de custos que sobrevivam a um mercado competitivo que uma organização consegue prosperar e obter sucesso.
Essas informações de custos são tão importantes que quando uma empresa desconhece-as, não está conhecendo também o seu lucro, já que não tem informação de qual a margem de contribuição de seus produtos, qual o estoque mínimo a se produzir, qual o preço de venda ideal, enfim, não está ciente das ameaças que podem ocorrer à estabilidade econômica e financeira da empresa.
Além da gestão de custos, para concorrer no mercado a empresa deve sempre conseguir o diferencial, esse diferencial muitas vezes está nas pequenas coisas que conquistam os clientes, como por exemplo atendimento, design, qualidade, preços. As empresas normalmente utilizam a gestão de custos com o intuito de reduzir custos, apostando em ser uma forma de diferenciação, aumentando sua qualidade, fabricando novos produtos ou aperfeiçoando os produtos já existentes.
Enfim, conclui-se que a contabilidade de custos não é somente acompanhar os custos de cada bem ou serviço, mas sim solucionar problemas financeiros/econômicos e auxiliar nos processos de decisões atuais e futuras, tornando-se um importante instrumento de controle gerencial nas organizações.
Aprender essa disciplina sobre contabilidade de custos foi muito relevante para a minha carreira profissional, já que a partir do conhecimento dela, tive mais uma área contábil de interesse para atuar profissionalmente. Além disso, percebi que a gestão de custos é de suma importância para as empresas e pretendo explanar todo esse conhecimento adquirido através do Professor Alexandre Bossi, para todas as pessoas que demonstrarem interesse e para todas as empresas que eu venha a trabalhar.

Notícias

14/06/2010 - Receita intensifica fiscalização sobre debêntures e incorporação
Os fiscais identificaram fortes indícios de irregularidades nessas operações e agora vão intimar as empresas.

A Receita Federal vai deflagrar em julho uma fiscalização especial em 10 empresas que fizeram operações de lançamento de debêntures no mercado financeiro nos últimos anos. Juntas essas empresas emitiram R$ 628,6 milhões. Outra fiscalização que será lançada no próximo mês investigará 129 empresas lucrativas que foram incorporadas por companhias com prejuízo, uma prática conhecida no jargão tributário de "incorporação às avessas ou invertida". Os fiscais identificaram fortes indícios de irregularidades nessas operações e agora vão intimar as empresas.

O secretário da Receita, Otacílio Cartaxo, disse que as duas ações de fiscalização são resultado do aprimoramento do sistema de cruzamento de dados utilizado para a seleção dos contribuintes. Nas operações com debêntures, os fiscais identificaram que os compradores do papel têm algum tipo de vínculo com a empresa. A Receita suspeita que, na prática, foram os próprios sócios que compraram os papéis, fazendo planejamento tributário para pagar menos tributos. É que as despesas com o pagamento de juros das debêntures diminuem o lucro da empresa, o que reduz o valor do Imposto de Renda (IR) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) a ser pago.


Pelos cálculos da Receita, em média, nessas empresas a despesa com o pagamento das debêntures equivale a 70% do resultado operacional. Em uma delas, os fiscais descobriram que a despesa com os papéis correspondeu a praticamente todo o lucro. "Normalmente a remuneração dessas debêntures são em valores muito mais altos do que as taxas de mercado", destacou o coordenador geral de processos estratégicos da Receita, Iágaro Jung Martins.

Na outra fiscalização, com empresas que fizeram incorporação às avessas, a Receita apurou que as companhias, para o cálculo do IR e da CSLL devidos, descontaram, no cálculo do lucro, prejuízos de anos anteriores acima do permitido em lei. Pela legislação, a empresa só pode abater anualmente até 30% dos prejuízos acumulados no passado. "Essas empresas estavam compensando o prejuízo integralmente e extrapolaram o limite da lei. Elas têm que respeitar a trava de 30%", disse Martins.


Segundo ele, muitas dessas incorporações são feitas com empresas deficitárias do mesmo grupo empresarial. De acordo com os dados da Receita, as 129 empresas, alvo da investigação, já compensaram R$ 9,44 bilhões de prejuízo graças às operações de incorporação. O Supremo Tribunal Federal (STF), recentemente, deu uma decisão favorável ao Fisco contra operações de incorporação às avessas. O Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), que julga recursos dos contribuintes contra autuações da Receita, decidiu que estas operações precisam respeitar o limite fixado por lei.

Além dessas duas ações de fiscalização já programadas, o Fisco prepara outra contra empresas que fizeram operações conhecidas como "casa e separa". Nessas transações, para fugir da tributação sobre ganho de capital, a empresa que tem um ativo subavaliado na sua contabilidade se associa artificialmente a outra que quer comprar esse ativo. Meses depois há a separação. "Essas operações são feitas para dissimular uma operação de ganho de capital societário", disse Cartaxo. " Um sócio sai com o bem (a empresa), outro com o dinheiro e ninguém paga o imposto A operação só não acontece do ponto de vista tributário", acrescentou.


Fonte: Diário do Comércio

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Notícias

11/06/2010 - Prazo do Fcont se aproxima; veja dicas para declará-lo

Companhias sujeitas ao lucro real e ao Regime Tributário de Transição (RTT) precisam correr para entregar o programa de contas patrimoniais

O prazo para entrega do Controle Fiscal Contábil de Transição (FCont) referente ao ano calendário de 2009 se encerra no dia 30 de junho. De acordo com o diretor de assessoria tributária da Ernst & Young, Cláudio Yano, as empresas que ainda não começaram a se preparar para declará-lo precisam correr.

O FCont é um programa eletrônico voltado para as companhias sujeitas ao lucro real e ao Regime Tributário de Transição (RTT), no qual deve-se efetuar a escrituração das contas patrimoniais e de resultado. O documento é necessário para ajustes efetuados no Livro de Apuração do Lucro Real (Lalur), não podendo ser substituído por qualquer outro controle ou memória de cálculo.

Na avaliação de Yano, é importante ressaltar que as informações contidas na Escrituração Contábil Digital (ECD) devem estar em linha com o FCont. A ECD compreende versão digital dos livros: Diário, Razão, Balancetes Diários, Balanços, Fichas de Lançamento e Auxiliares para empresas com base no lucro real e sujeitas ao acompanhamento econômico-tributário diferenciado da Receita Federal.

"Com base na ECD, o balanço societário da companhia segue o novo padrão contábil [IFRS]. No entanto, para fins fiscais, como CSLL, PIS, Cofins, entre outros, continuam valendo as normas antigas. O FCont serve para informar o Fisco sobre os ajustes de conciliação desses dois balanços", explicou Yano.

Alerta
Este é o segundo ano de Fcont, por isso, segundo Yano, muitas empresas preencheram de forma inadequada o documento. Dessa forma, a Receita autorizou que as companhias reavaliassem os dados declarados. "É importante alertar que as empresas façam isso até a entrega do FCont relativo à 2009, pois o Fisco pode ter dificuldade de sobrepor as informações. Além disso, não sofrerão nenhum tipo de penalidade", disse.

O conteúdo do programa é bastante complexo, outra dica ressaltada pelo especialista consiste na integração das áreas de Tecnologia da Informação (TI), Contabilidade e Fiscal. Além disso, é importante que a companhia não inicie o processo na última hora, pois dependendo do porte e dos impactos dos novos padrões contábeis sobre a atividade, a complexidade do FCont é maior.

DIPJ 2010
Outra obrigação que deve ser entregue no dia 30 de junho é a Declaração de Informações Econômico-Fiscais da Pessoa Jurídica (DIPJ). De acordo com Yano, as empresas teêm de estar atentas à ficha sete, que trata sobre demonstração de resultados com base no balanço fiscal, pois elas devem estar consistentes com o FCont.

"Tudo tem o mesmo prazo. E o que percebemos é que talvez as empresas não estejam dando devida atenção para esses aspectos. Se as empresas enviarem informações incoerentes isso deve gerar notificações no futuro ou até cobrança de multas", explicou.

Fonte: Financial Web
Tirado do site: http://www.contabeis.com.br/noticias.aspx?id=1596

Notícias

09/06/2010 - Brasil deve estar atento a regras internacionais

Os agentes brasileiros envolvidos com a implementação do padrão contábil IFRS devem participar não apenas das consultas públicas feitas pelo Conselho de Normas Internacionais de Contabilidade (Iasb) como também daquelas promovidas pelo congênere americano Fasb.

Essa é a opinião da presidente do Instituto dos Auditores Independentes do Brasil (Ibracon), Ana María Elorrieta, que lembra que existe um grupo de trabalho formado pelas entidades que formam o Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) que está envolvido nesse processo.

"O Brasil tem que participar sim. Temos que contribuir para garantir uma melhor qualidade, não apenas em relação a essa norma de instrumentos financeiros como para qualquer outra", afirma Ana María.

Tanto ela como seu companheiro de PricewaterhouseCoopers Tadeu Cendon, no entanto, reconhecem que nesse momento fica difícil a participação dos empresários brasileiros nesse tipo de audiência pública. "As empresas têm problemas mais correntes, como a implementação do IFRS no Brasil da forma como ele está", diz Cendon, ressaltando que eventuais mudanças só devem valer a partir de 2013.
Apesar de haver alguns anos para a implementação obrigatória, a revisão das normas pelo Fasb e pelo Iasb deve ocorrer, após o atraso do cronograma original, até o fim de 2011. "Esse adiamento de seis meses não deve ser visto de forma negativa, considerando a complexidade da agenda", diz Bruce Mescher, sócio da Deloitte.

A atenção dos agentes brasileiros para a nova regulamentação tanto do Fasb como do Iasb se torna necessária, na medida em que os dos órgãos buscam uma convergência de regras e que o Brasil se comprometeu a seguir o Iasb.

E a proposta apresentada pelo Fasb para classificação instrumentos financeiros difere bastante do IFRS 9, que por enquanto será a nova regra para as empresas brasileiras a partir dos balanços referentes a 2013.

Segundo Cendon e Mescher, além do aumento da abrangência do uso do valor justo para mais instrumentos financeiros, a minuta apresentada pelo Fasb mantém o lançamento dessas variações na conta de "outros resultados abrangentes", que fica dentro do patrimônio líquido.

Uma das mudanças do IFRS 9 é exatamente restringir os casos em que mudanças de valor dos instrumentos financeiros afetarão o patrimônio. Ao mesmo tempo em que prevê o uso mais extenso do custo amortizado (em detrimento do valor justo), a norma emitida pelo Iasb diz que os lançamentos serão sempre contra o resultado, ou seja, afetando o lucro das empresas.

Outro ponto de divergência se refere à possibilidade de reclassificação dos instrumentos. O IFRS 9 admite que a empresa mude a forma de registro de ativos de valor justo para custo amortizado (e vice-versa) caso haja mudança justificada no modelo de negócios. Conforme a proposta apresentada pelo Fasb, isso não seria permitido.

"É inegável que ao colocar a minuta em audiência pública o Fasb está forçando o Iasb a rever certas posições", diz Cendon, que também acredita que o órgão americano pode mudar sua proposta após receber comentários.

Ao analisar essa disputa de ideias, Henrique Campos, sócio da BDO, destaca que o Fasb tem mais flexibilidade para fazer mudanças. "Ele se reporta a um só país, enquanto as regras do Iasb valem para mais de cem", afirma.

Para Mescher, da Deloitte, tanto custo histórico como o valor justo são informações úteis para os usuários dos balanços. "O grande desafio é determinar qual a dose certa para cada sistema", afirma o especialista.
Fonte: Valor Online
Tirado do site: http://www.contabeis.com.br/noticias.aspx?id=1586